O soldado da Polícia Militar A.C.O. foi excluído da corporação. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (18) no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul e é assinada pelo comandante-geral coronel Renato dos Anjos Garnes. O militar foi condenado em 2023 foi corrupção passiva, facilitação de sigilo funcional e facilitação de contrabando e cumpria pena em regime semiaberto, mas evadiu do Presídio Militar em 2024.
Conforme o texto oficial, A.C.O. foi excluído “ex-officio” por decisão judicial. O militar foi sentenciado a 7 anos, dois meses e dez dias de prisão pelos crimes, faltando apenas sete meses para terminar. Porém, era considerado foragido desde o dia 23 de junho de 2024. Na ocasião, ele sumiu após conseguir autorização temporária para sair do presídio estadual onde cumpria a pena.
Em 10 de junho deste ano, o juiz Alexandre Antunes da Silva determinou a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação e mandou que a Polícia Militar bloqueasse o salário do militar, já que não havia sido possível cumprir o mandado de prisão preventiva expedido contra A.C.O. até maio de 2025.
Denúncias – A.C.O. foi denunciado em 2022 pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O documento cita que em 24 de setembro de 2020 um traficante foi preso em flagrante e revelou que seu fornecedor era o militar lotado em Caarapó, cidade a 274 km de Campo Grande.
O soldado chegou a ser preso em flagrante e condenado em regime fechado a 9 anos, quatro meses e 15 dias, por tráfico de drogas, porém, o processo é sigiloso.
Durante a instrução criminal, o celular do militar foi apreendido e então foi descoberto que ele mantinha conversas com diversas pessoas demonstrando os crimes de corrupção passiva, violação de sigilo funcional e facilitação de contrabando. Em uma das trocas de mensagens, A.C.O. negocia a passagem de carga de cigarro paraguaio com um contrabandista.
Outra denúncia, feita em setembro de 2024, o militar é acusado de evadir do presídio e ficar mais de 8 dias ausente da unidade onde cumpria pena. Ele foi denunciado e condenado por deserção em maio deste ano.
Fonte: Ana Paula Chuva/Campo Grande News