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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Artista de MS reflete tom vibrante dos ipês cor-de-rosa em pinturas

O tom vibrante da florada do ipê cor-de-rosa ganha inspiração nas obras da artista plástica Deborah Mendes. A sul-mato-grossense eterniza a típica árvore que encanta durante as temperaturas frias e tempo seco. O processo chega a durar três horas de dedicação.

A cada pincelada, um dos quadros ganha tons que refletem a majestosa florada. Deborah conta que todos os quadros são diferentes, pois são feitos com técnicas diferentes com as mãos e as ferramentas, por exemplo, os pincéis, espuma e espátula.

Deborah ressalta que a maior inspiração vem do Pantanal e da florada vibrante. Para ela, além da beleza dos quadros, as obras mostram que a natureza não morre, mas se torna arte.

“Já tinha pintado esse ano (imagens de ipês) e foi para Pousada Aguapé, no Pantanal. Depois disso, muitos turistas estrangeiros entraram em contato por conta das obras. Fiz o rosa, amarelo e branco na madeira. Agora, a florada antecipada me chamou muito a atenção. O nome desse ipê é ‘Florada do Amor’ porque a natureza vence sempre qualquer obstáculo”, descreve.

Processo de pintura

O tronco de uma árvore foi usado de tela para a pintura da florada caindo. Deborah se dedicou por 1h30. Nessa tela, a madeira passa por um processo de lustre, lixa, pintura e resina. As telas passam por um “banho de sol” para a secagem ao natural.

Já na segunda tela, com o fundo que demostra o azul do céu de Mato Grosso do Sul, o tempo de pintura foi de três horas. “Até terminar com as nuances depois da pintura. O tempo não ajudou muito no dia, mas, geralmente, são duas horas na tela grande”.

A artista é conhecida por encontrar significado no reaproveitamento de materiais e a expressão da natureza encontrada no Estado. “Cada pincelada traz consigo a delicadeza da arara-azul, a força da onça-pintada, o silêncio dos rios e a poesia das árvores nativas. Seus chapéus pintados à mão já encantaram o Brasil e o mundo, carregando histórias de um território fértil em cultura e biodiversidade”.

Folhas secas bordadas

Deborah passou a reciclar folhas de serrapilheira para os novos trabalhos. O processo minucioso dura horas por tamanha delicadeza. Apenas o bordado nas folhas, com a agulha mais fina que existe, leva em média 4 horas, fora o processo de preparação para o manuseio.

“Trabalhamos a folha natural, a serapilheira, e não são todas que podem ser trabalhadas, não utilizamos nenhum produto químico, apenas água. Secamos com papel toalha, depois naturalmente e ela retorna para água para não perder a flexibilidade para depois ser trabalhada”, explica a artista.

Fonte: Karina Campos/Midiamax

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