Clesio Damasceno
Nos últimos dias é comum ver a cena: uma equipe da MS Pantanal cortando o asfalto das vias urbanas do município para a implantação de redes de esgoto. O serviço, embora necessário, causa impacto no cotidiano das pessoas, com impedimento temporário do trânsito e, o mais preocupante: como ficará o asfalto depois de finalizado o serviço?
A reportagem do Jornal A Gazeta registrou algumas regiões onde o serviço está sendo feito e procurou os responsáveis, para falarem sobre o assunto. O supervisor da Sanesul de Amambai, Silvanei Félix do Nascimento, disse que a iniciativa dos serviços é da Sanesul. “Existem cerca de 2.300 pontos de imóveis que precisam ser ligados à rede de esgoto”, disse.
Segundo Silvanei, a cidade de Amambai conta atualmente com 70% de atendimento com rede de esgoto embaixo do solo, mas só 60% das residências estão ligadas à rede, portanto, 10% dos imóveis precisam ser ligados à esta rede de esgoto.
TODA A CIDADE IMPACTADA
Indagado pela reportagem sobre onde serão feitas as ligações, Silvanei foi enfático em dizer que “toda a cidade será impactada por esses cortes, já que há imóveis em praticamente todas as regiões que precisam ser conectados à rede.


MS PANTANAL
O serviço foi determinado pela Sanesul, mas é executado pela empresa terceirizada, a MS Pantanal. Ela é responsável pelo corte e ligação na rede, e depois disso, é responsável por refazer o asfalto que foi cortado, mantendo a via em boas condições de tráfego. Ainda segundo Silvanei, a Sanesul e a prefeitura têm o papel de fiscalizar se o serviço está de acordo.
A reportagem do Jornal A Gazeta entrou em contato com os responsáveis pela MS Pantanal, na sede em Campo Grande. Através da assessoria de imprensa da empresa, o jornal enviou algumas perguntas.


PREFEITURA
Em maio, a prefeitura fez uma reunião com representantes da MS Pantanal cobrando melhorias e reparos em serviços já executados, cobrando o padrão técnico exigido pela prefeitura. Na oportunidade, os responsáveis pela MS Pantanal se comprometeram em atender a cobrança.
VILA DOS YPÊS
Recentemente o Jornal A Gazeta registrou serviços de instalação de rede de esgoto sendo realizados na Vila Ypê, localizada na periferia da cidade. Registros fotográficos mostram a situação do asfalto, recentemente inaugurado, e que agora passou por cortes e remendos para a ligação de rede de esgoto.




PERGUNTAS ENVIADAS À MS PANTANAL
1. O que motivou a realização dessas obras de esgotamento sanitário?
As intervenções seguem o que estabelece o novo Marco Legal do Saneamento e fazem parte do plano de universalização firmado entre a MS Pantanal, a Sanesul, a Agência Estadual de Regulação (AGEMS) e a Prefeitura Municipal.
2. Qual a dimensão da obra e quantas famílias serão beneficiadas com as novas ligações de esgoto?
A cobertura do serviço de esgotamento sanitário deve avançar de 80,7% para 98%, com a instalação de aproximadamente 2.000 novas ligações domiciliares.
3. A recomposição asfáltica após as obras é de responsabilidade da MS Pantanal? Como garantir a qualidade desse serviço?
Sim, a MS Pantanal é responsável por recompor o pavimento das vias. Em Amambai, está sendo utilizado o asfalto CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente), que garante maior durabilidade, resistência e acabamento uniforme. Por exigir transporte em grandes volumes, pode haver um intervalo maior com as valas abertas. Para minimizar impactos, a concessionária mantém diálogo constante com os moradores, prefeitura, Sanesul e demais órgãos locais.
4. Quantas pessoas integram a equipe que atua nas obras em Amambai?
A equipe principal é formada por seis profissionais: operador de retroescavadeira, motorista e quatro agentes de saneamento. Atualmente, uma equipe está em campo, mas anteriormente duas atuavam simultaneamente. Além disso, há uma equipe fixa com quatro pessoas responsáveis pela operação do sistema local.
5. Qual é a natureza do vínculo entre a MS Pantanal e a Sanesul?
A atuação da MS Pantanal ocorre por meio de um contrato de Parceria Público-Privada (PPP), firmado com a Sanesul para garantir a ampliação e operação dos sistemas de esgotamento sanitário em 61 municípios e um distrito de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Grupo A Gazeta