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terça-feira, 8 de julho de 2025

Senado prorroga prazo para regularização de 32 mil imóveis na fronteira em MS até 2030

Prazo para regularizar terras em área de fronteira estava previsto para encerrar em outubro e foi estendido por mais cinco anos

Proprietários de terras em área de fronteira, como o caso de Mato Grosso do Sul, terão até 2030 para fazer a regularização dos imóveis rurais. A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou, nesta terça-feira (8), a prorrogação do prazo, que terminaria em outubro deste ano, por mais cinco anos.

O PL 1532/2025, de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), deve ser votado ainda nesta terça-feira pelo plenário do Senado. De acordo com dados da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), cerca de 32 mil produtores rurais sul-mato-grossenses, de 45 municípios, precisarão comprovar a legalidade dos títulos de propriedade sob o risco de perderem o domínio da terra.

A emenda da relatora e senadora Tereza Cristina (PP-MS), que trata sobre georreferenciamento, foi retirada para, posteriormente, ser tratada dentro de outro projeto, com a expectativa de que não haverá vetos presidenciais.

Os produtores rurais tinham até outubro para fazer a atualização no Sistema Nacional de Cadastro Rural, sob o risco de os imóveis serem transferidos automaticamente para o nome da União.

“Milhares de produtores no Mato Grosso do Sul e em outros estados da fronteira estavam nessa aflição. O prazo para regularizar os títulos vencia agora em outubro. Sem a ratificação, era risco real de perder tudo”, afirmou Trad.

O presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Marcelo Bertoni, acompanhou a tramitação do projeto em Brasília. Segundo a senadora Tereza Cristina, a falta de um modelo para a regularização dos títulos entre todos os estados dificulta o procedimento.

“Muita gente acha que são novos títulos, novos proprietários, e não é isso. São pessoas que ocupam já essa área que receberam títulos do império, paroquiais, títulos diretamente da União ou dos estados. Hoje, muitos encontram problema porque os cartórios não conseguem chegar a esses títulos”, afirmou Tereza Cristina.

Fonte: Thalya Godoy/Midiamax

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