O juiz Aluizio Pereira dos Santos manteve preso o motorista M.V.F., de 39 anos, acusado de causar o acidente que matou M.N.B., de 7 anos, na noite de sábado (23), no bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande. Na sua decisão, o magistrado fala sobre a ‘tamanha violência’ do acidente.
O motorista conduzia um veículo Renault Logan e atravessou a preferencial no cruzamento da Avenida Conde de Boa Vista com a Rua Rio da Prata. Assim, atingiu o Fiat Uno em que a criança estava, que foi lançado contra o muro de uma residência.
Conforme relatório de audiência de custódia, o magistrado converteu o flagrante em prisão preventiva, ou seja, sem prazo para vencer. O juiz considerou a gravidade do caso: “Dessa forma, verifico, a partir dos elementos constantes do auto de prisão em flagrante, que há indícios suficientes de que o indiciado conduzia o veículo Renault Logan em alta velocidade, passando o semáforo vermelho, ocasionando colisão de tamanha violência que resultou na morte imediata de uma criança de apenas 7 anos de idade, além de provocar lesões gravíssimas em Marlene e ferimentos em outros ocupantes do veículo“.
Ainda, o juiz entendeu que se trata de homicídio doloso (com intenção de matar) e não culposo como foi registrado inicialmente. “O indiciado encontrava-se sob efeito de álcool no momento dos fatos”, diz trecho do documento.
Com a mudança da tipificação penal, o magistrado determina que o processo seja remetido a uma das Varas do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Confessou que bebeu
Após o acidente, o motorista, M.V.F., confessou ter ingerido bebida alcoólica. Além disso, teste do bafômetro apontou 0,65mg/l.
Ele foi preso e levado para a delegacia. A avó da criança foi socorrida em estado gravíssimo. O motorista do Fiat Uno estava com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vencida.
Imagens de câmeras de segurança confirmam que o veículo conduzido por M.V.F. fura a preferencial e atinge violentamente o Uno, que dá um giro completo no meio do cruzamento antes de colidir com o muro.
Fonte: Gabriel Maymone/Midiamax