Nesta terça-feira (26), a Polícia Federal realizou a prisão de um homem de 44 anos em Corumbá, a 420 quilômetros de Campo Grande.
A ação foi resultado da Operação Puer Praesidio 3, que tem a finalidade de combater crimes de abuso sexual infantojunvenil na internet.
As investigações tiveram início em março deste ano com a Operação Nicolau 16, quando foram apreendidos eletrônicos do investigado.
Durante análises, foram encontrados vários vídeos e fotos contendo conteúdo pornográfico de crianças e adolescentes.
Também foram encontradas pesquisas realizadas pelo homem com cunho sexual envolvendo menores.
O cumprimento do mandado de prisão preventiva foi expedido pela 2ª Vara Criminal de Corumbá. De acordo com a Polícia, a prisão reforça um “compromisso de todos os órgãos da persecução penal com a proteção dos menores e a erradicação desses crimes na internet”.
O nome da Operação significa “proteção infantil” em latim, em referência direta ao compromisso da ação.
Casos recentes
No início do mês, um homem de 46 anos, que trabalha como segurança de uma escola em Campo Grande, foi detido suspeito de compartilhar material de abuso sexual infantil na internet.
A investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), teve início quando foram identificados centenas de arquivos com o material ilícito circulando em plataformas digitais.
A apuração conduzida pela equipe da DEPCA localizou o suspeito em sua residência no Bairro Maria Aparecida Pedrossian.
Foram apreendidos dois celulares que seriam os instrumentos utilizados para o crime. Os dispositivos irão passar por perícia para aprofundar as investigações, além de identificar outras conexões com mais pessoas envolvidas.
De acordo com a delegada titular da DEPCA, Anne Karine Trevizan, o foco da Delegacia é o combate para erradicação da circulação de material pornográfico infantil que, muitas vezes, está vinculado a redes criminosas organizadas.
“Nosso objetivo é retirar esse conteúdo do ambiente virtual, responsabilizar os envolvidos e reduzir os danos causados às vítimas, cujas imagens continuam sendo exploradas repetidamente.” ressalta Trevizan.
No mesmo dia, a Polícia Federal prendeu, em flagrante, um homem investigado por crimes de abuso sexual infantil, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão no município de Rio Brilhante/MS, durante a Operação Guardiã da Inocência, voltada ao combate de crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
Durante as diligências, foram encontrados materiais contendo imagens de exploração sexual de crianças e adolescentes armazenados em dispositivos eletrônicos.
No dia 29 de julho, a Polícia Federal deflagrou a Operação Anjos do Conesul II em Naviraí, a 358 quilômetros de Campo Grande.
A operação tem como objetivo interceptar o compartilhamento e o armazenamento de conteúdo pornográfico infantil pela internet.
Os investigadores encontraram um indivíduo que armazenava e compartilhava imagens e vídeos de abuso sexual infantil para mais envolvidos em vários países através de plataformas virtuais e das redes sociais.
A Polícia cumpriu mandado judicial de busca e apreensão na casa do suspeito e de outro na cidade de Douradina. Foi apreendido os equipamentos utilizados para o compartilhamento no material.
Outra operação desenvolvida por policiais, mas da Delegacia Especializada de Proteção da Criança e ao Adolescente (DEPCA) e a Delegacia de Polícia de Ivinhema, a Operação Sentinela, realizou a prisão de um homem de 22 anos em Ivinhema em abril deste ano.
O suspeito foi identificado após intensa atividade cibernética, com download e compartilhamento de milhares de arquivos contendo material de abuso sexual infanto-juvenil (CSAM) em ambiente virtual.
O estudante armazenava e distribuía grande quantidade de vídeos e fotos com cenas de sexo explícito e conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.
Além dos arquivos, a polícia encontrou conversas do investigado com crianças e adolescentes em redes sociais, com teor sexual. Essas interações também serão alvo de apuração detalhada pelas equipes de investigação.
Pena
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa para este crime. Tramita no Senado uma proposta para aumentar a reclusão para de 8 a 12 anos, além da multa.