Charlie Kirk, ativista conservador dos EUA e aliado do presidente Donald Trump, morreu nesta quarta-feira (10) depois de ser baleado durante um evento na Universidade Utah Valley. Duas pessoas chegaram a ser detidas, mas foram liberadas pelas autoridades.
Kirk, de 31 anos, era casado e deixa dois filhos. Ele ficou conhecido nos Estados Unidos por fundar a organização conservadora Turning Point USA, influente em universidades e escolas de todo o país.
Trump confirmou a morte do ativista em uma rede social, chamando-o de “lendário” e enviando condolências à família.
“Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim, e agora não está mais entre nós. Meus sentimentos, junto com os de Melania, vão para sua linda esposa Erika e para a família. Charlie, nós te amamos!”, publicou.
Políticos do Partido Republicano, de Trump, e do Partido Democrata se manifestaram lamentando a morte. “Não há lugar em nosso país para esse tipo de violência. Ela precisa acabar agora”, disse o ex-presidente Joe Biden.
Uma gravação registrou o exato momento em que Kirk foi baleado. O vídeo foi compartilhado pela deputada republicana Marjorie Taylor Greene.
Nas imagens, Kirk aparece sentado em uma tenda, discursando para uma grande multidão ao ar livre, quando um barulho de tiro é ouvido. O ativista, então, tombou da cadeira. Ao perceber o ocorrido, várias pessoas correram.
Segundo a universidade, Kirk foi levado ao hospital por seguranças particulares e passou por uma cirurgia, mas morreu horas depois.
A aparição do ativista nesta quarta-feira foi a primeira de uma turnê planejada com 15 eventos em universidades de todo o país. Antes de ser baleado, Kirk estava sentado no que ele chama de mesa “Me prove que estou errado” para responder às perguntas da plateia.
De acordo com a Reuters, com base em vídeos que circulam na internet, Kirk foi perguntado sobre violência armada segundos antes de ser baleado.
“Você sabe quantos ataques de atiradores em massa houve nos Estados Unidos nos últimos dez anos?”, questionou uma pessoa na plateia. “Contando ou não a violência de gangues?”, respondeu o ativista, atingido logo depois.
Um porta-voz da universidade disse ainda que um suspeito chegou a ser detido, mas não foi apontado como autor do ataque.
Às 19h21 de Brasília, o diretor do FBI, Kash Patel, publicou no X que “o responsável pelo tiroteio” foi preso, mas não deu informações sobre sua identidade. Mais tarde, no entanto, o governo disse que o suspeito havia sido solto após ser interrogado.
A presença de Kirk na universidade dividiu opiniões. Uma petição online reuniu quase 1.000 assinaturas para que ele não fosse à instituição.
Apesar disso, a universidade manteve o evento, citando a Primeira Emenda e seu “compromisso com a liberdade de expressão, a investigação intelectual e o diálogo construtivo”.
Embora o motivo do ataque seja desconhecido, os EUA atravessam o período mais prolongado de violência política desde a década de 1970, segundo a Reuters. A agência documentou mais de 300 casos de atos violentos motivados politicamente desde que apoiadores de Trump atacaram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Membros dos partidos Republicano e Democrata lamentaram a morte de Kirk.
Fonte: g1