Depois de uma década em tramitação, o projeto da Ceasa (Central de Abastecimento) de Dourados finalmente caminha para sair do papel. A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) anunciou na quarta-feira (24) o resultado da licitação para a elaboração dos projetos executivos de arquitetura e complementares da unidade que será instalada na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
A empresa Ilume Arquitetura, de Campo Grande, foi a vencedora do certame, com a proposta de R$ 839.488,48 — valor inferior ao estimado pelo governo, que era de R$ 955.953,67. Uma concorrente de Fernandópolis (SP) chegou a apresentar preço menor, de R$ 716.965,25, mas não atingiu a pontuação mínima exigida pelo edital.
Segundo a Agesul, a licitação está agora na fase de homologação. Depois da assinatura do contrato e emissão da Ordem de Início de Serviço, a empresa terá prazo de até cinco dias para começar os trabalhos. O edital prevê a conclusão dos projetos em até 300 dias consecutivos.
Histórico de entraves
A instalação da Ceasa em Dourados começou a ser discutida em 2015 e, no ano seguinte, foi apresentado o primeiro projeto, entregue à Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). A ideia inicial era erguer uma estrutura do zero, mas, ao longo dos anos, o planejamento foi alterado para a utilização de um imóvel já existente.
O prédio escolhido está localizado no prolongamento da Avenida Marcelino Pires, às margens da BR-163, em área de 41.229,40 m² doada pela Prefeitura de Dourados, no Núcleo Colonial da cidade.
A segunda do estado
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta apenas com a Ceasa de Campo Grande, no bairro Mato do Jacinto. O entreposto recebe diariamente cerca de 5 mil pessoas e movimenta em torno de 210 milhões de quilos de frutas, verduras e legumes ao ano, vindos de diferentes regiões do país.
Com a instalação da unidade em Dourados, a expectativa é descentralizar a distribuição, ampliar o escoamento da produção agrícola e facilitar o abastecimento tanto da região sul do estado quanto dos municípios vizinhos.
Fonte: Thiago Marques/Dourados Agora