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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Grupo familiar é alvo de operação da PF e Receita em MS por fraude de R$ 290 milhões

Segundo a investigação, as empresas estavam em nome de irmãos e amigos próximos. Os alvos podem responder por descaminho e lavagem de dinheiro.

Campo Grande e Ribas do Rio Pardo (MS) foram alvos de uma operação da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal na manhã desta sexta-feira (3). A ação, chamada Ligação Familiar, tem como objetivo desarticular um grupo de empresas suspeito de vender mercadorias estrangeiras trazidas ilegalmente ao país, principalmente celulares de alto valor.

A investigação aponta que as empresas estavam em nome de irmãos e amigos próximos. Segundo a apuração, elas foram criadas para dar aparência de legalidade às atividades ilegais, principalmente na venda de produtos de origem estrangeira que entraram no Brasil de forma irregular.

Entre as irregularidades, a Receita Federal identificou o uso de notas fiscais falsas — conhecidas como “notas frias”. Esses documentos seriam usados para acobertar a venda e o transporte de mercadorias contrabandeadas por transportadoras e até pelos Correios.

De acordo com os investigadores, entre janeiro de 2020 e abril de 2025, essas empresas emitiram mais de R$ 18 milhões em notas fiscais de vendas. Já as movimentações financeiras chegam a R$ 290 milhões.

A investigação aponta que as empresas estavam em nome de irmãos e amigos próximos. — Foto: Receita Federal
A investigação aponta que as empresas estavam em nome de irmãos e amigos próximos. — Foto: Receita Federal

As declarações fiscais dos sócios também mostram indícios de movimentações incompatíveis com a renda declarada, ocultação de patrimônio e enriquecimento ilícito, além de possíveis fraudes tributárias.

Nesta sexta-feira (3), são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no Mato Grosso do Sul. Os investigados podem responder por descaminho e lavagem de dinheiro.

Participam da operação 14 auditores-fiscais, 29 analistas-tributários da Receita Federal e 29 policiais federais.

Fonte: Mirian Machado, g1 MS

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