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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Polícia prende 24º palmeirense por emboscada que matou cruzeirense em SP; 42 torcedores viram réus

Após prisão na quarta (1º), 18 integrantes da Mancha Alviverde seguem foragidos por crimes em 2024. Vinte deles vão a júri em Mairiporã por homicídio, tentativas de assassinato, incêndio e tumulto. Data não foi marcada. Justiça decidirá em dezembro se outros 22 serão julgados.

Após mais de 11 meses, a polícia prendeu na quarta-feira (1º) o 24º palmeirense acusado de participar da emboscada que matou um cruzeirense e deixou 15 torcedores feridos em Mairiporã, na Grande São Paulo. Outros 18 palmeirenses estão foragidos e continuam sendo procurados, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Ao todo, os 42 torcedores do Palmeiras identificados pela investigação se tornaram réus na Justiça pelos crimes cometidos em 2024.

Alexandre Santos Medeiros foi preso pela Polícia Militar (PM) durante abordagem ao veículo que ele dirigia na Zona Oeste da capital paulista. Procurado pelo g1 para comentar o assunto, o seu advogado, Gilberto Quintanilha, informou que provará a inocência do cliente.

O torcedor é acusado pelo Ministério Público (MP) de se juntar a outros integrantes da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do Palmeiras, para atacar membros da Máfia Azul, principal torcida do Cruzeiro. As duas torcidas tinham uma rixa antiga por causa de outras brigas.

Em 27 de outubro do ano passado, palmeirenses atacaram com paus, pedras, bolas de bilhar, pregos e rojões os ônibus dos cruzeirenses na Rodovia Fernão Dias. Os veículos foram incendiados e os rivais acabaram agredidos.

Os próprios torcedores paulistas filmaram a ação criminosa contra os mineiros e postaram as imagens nas redes sociais, o que auxiliou a Polícia Civil na identificação deles.

24 presos e 18 foragidos

A identificação dos 42 palmeirenses acusados de participarem da emboscada foi feita pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os integrantes da Mancha são acusados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público por um homicídio contra José Victor Miranda (ele morreu queimado) e 15 tentativas de assassinato diante de outros membros da Máfia. Os palmeirenses também respondem por incêndio e tumulto esportivo.

“Não queremos vingança, apenas justiça. Isso é o mínimo por tudo o que ele significava pra nós”, afirmou a mãe de José Victor, Jaqueline Alves, à equipe de reportagem neste ano.

Desse total de acusados, a Justiça decidiu no mês passado que 20 torcedores do Palmeiras vão a júri popular pelo que fizeram contra torcedores do Cruzeiro. A data do julgamento ainda será marcada.

Mais 22 palmeirenses se tornaram réus em agosto pelos mesmos crimes. Mas como o processo contra eles foi desmembrado, a Justiça fará audiências em dezembro para decidir se também os levará a júri.

Fonte: Kleber Tomaz/g1

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