Um cachorro chamado Nick foi resgatado dos escombros da área atingida pela explosão que destruiu oito casas conjugadas, deixando dois mortos e dez feridos em Olinda. Imagens mostram quando o animal, de pelagem preta e porte médio, foi retirado dos destroços por um funcionário da Defesa Civil do município.
Segundo moradores, o cachorro é da proprietária do terreno que abrigava as oito casas, identificada apenas como Lia, e foi adotado por ela após ser encontrado na rua durante o carnaval deste ano. Nick foi levado a uma clínica veterinária, mas o g1 não conseguiu confirmar o estado de saúde dele até a última atualização desta reportagem.
Nick foi resgatado na noite da segunda-feira (20), por volta das 18h30, e ficou mais de 35 horas sob os escombros. A causa da explosão não foi confirmada oficialmente, mas moradores relataram um forte cheiro de gás de cozinha depois do estrondo.
Outros dois animais ficaram no local do acidente: os gatos Cléo e Thor, que pertencem à moradora Sandra Moura. “Eu peguei os dois na rua novinhos. E agora eu estou aqui para mais uma vez resgatá-los e mais uma vez recomeçar”, disse Sandra à TV Globo.
Thor, que tem pelagem laranja, já foi visto na janela da casa onde morava, mas ainda não foi resgatado até a última atualização desta reportagem. Uma protetora de animais levou uma gaiola com ração dentro para atrair o felino. A outra gata, de pelagem branca e preta, chamada Cléo, estava desaparecida, mas foi encontrada.
Vistorias continuam
O secretário executivo da Defesa Civil de Olinda, Carlos D’Albuquerque, contou que, na segunda-feira (20), o órgão atuou na fiscalização de toda a vizinhança em busca de imóveis comprometidos. De acordo com Carlos, nove casas foram interditadas.
“A gente fez um trabalho inicial de vistoriar toda a circunvizinhança, as edificações, para verificar se teve algum impacto do desabamento nessas edificações. Isso resultou numa interdição de nove edificações que não oferecem condições de habitabilidade. Então, elas estão interditadas até que os moradores façam o serviço de recuperação estrutural para poderem ser habitadas novamente”, contou o secretário.
Durante a vistoria, a Defesa Civil disse que também eliminou possíveis pontos de riscos, que podem estar em qualquer edificação e causar algum novo acidente como, por exemplo, uma marquise mal colocada.
O secretário disse, ainda, que a Defesa Civil continua a atuação na terça-feira (21) em busca de documentos, fotos e outros itens pessoais dos moradores.
“Já foram resgatados muitos documentos, muitas fotos, muita história. Ou seja, a gente conseguiu resgatar parte da história de vida desses moradores que sofreram com esse desabamento”, explicou.
Fonte: Diogo Franco/g1