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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Cinco novos suspeitos de participação no roubo do Louvre são presos em Paris

Outros dois suspeitos foram presos no sábado e admitiram participação no crime do último dia 19, que chocou a França. Porém, as oito joias, com valor estimado em mais de R$ 550 milhões, ainda não foram encontradas.

Cinco novos suspeitos, incluindo o principal deles, de participarem no roubo do Museu do Louvre, ocorrido no dia 19 deste mês, foram presos na noite desta quarta-feira (29) na região de Paris. A informação é da promotora Laure Beccuau e foi divulgada pela Agence France-Presse (AFP).

“Ele já estava no nosso radar”, disse Beccuau sobre o principal suspeito.

Os dois suspeitos presos no último sábado (25) foram formalmente acusados ​​na noite de quarta-feira (29) por roubo organizado e associação criminosa, e colocados em prisão preventiva. No entanto, as joias continuam desaparecidas.

Um dos suspeitos é acusado de fazer parte da equipe de quatro pessoas que roubou a Galeria de Apolo do Louvre, disse Beccuau. A promotora não divulgou mais detalhes do envolvimento no crime dos últimos cinco presos.

Os primeiros presos

A polícia de Paris anunciou nesta quarta-feira (29) que os dois suspeitos presos no sábado (25) por suspeita de envolvimento no roubo histórico do Louvre estão entre os que invadiram o museu. As oito joias da coroa francesa roubadas ainda não foram recuperadas, admitiu a promotora Laure Beccuau.

Segundo a promotora, a polícia encontrou DNA de ambos os suspeitos na cena do crime —de um deles em uma das scooters utilizadas na fuga, e de outro na câmara de vidro que guardava as joias e foi quebrada durante o roubo. As prisões ocorreram no fim de semana e os homens admitiram estar “parcialmente envolvidos” no crime, afirmou Beccuau, sem dar mais detalhes sobre o que isso significa.

No dia 19 deste mês, ladrões invadiram o Louvre em plena luz do dia usando um guindaste simples, quebraram uma janela da Galeria de Apolo, que abriga itens que pertenceram à realeza francesa, e roubaram joias da coroa com um valor estimado de 88 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 550,2 milhões. Ao menos quatro suspeitos estão envolvidos no crime, que durou cerca de sete minutos, segundo a polícia.

“As joias, enquanto falo com vocês agora, ainda não estão em nossa posse. Quero manter a esperança de que serão recuperadas e possam ser devolvidas ao Museu do Louvre e, de forma mais ampla, à nação. Essas joias são agora, obviamente, invendáveis —apenas para reiterar, caso fosse necessário, qualquer pessoa que as compre estará cometendo o crime de receptação. Ainda há tempo para devolvê-las”, afirmou Beccuau em coletiva de imprensa.

Segundo a promotora Beccuau, os dois homens serão indiciados pelo crime de roubo por quadrilha organizada, punível com até 15 anos de prisão pela lei francesa. Beccuau disse ainda que não pode descartar, até o momento, o envolvimento de mais pessoas além dos quatro suspeitos flagrados em vídeos do crime que circulam nas redes sociais.

A diretora do Museu do Louvre, Laurence des Cars, admitiu que houve uma “falha terrível” de segurança no roubo e disse que as câmeras do museu não estavam cobrindo a janela pela qual os suspeitos entraram.

O museu, um dos mais famosos e o mais visitado do mundo, ficou fechado durante três dias por conta do roubo, e reabriu para visitantes na última quarta-feira com segurança reforçada e armada e muitos turistas. Por conta do roubo, o governo francês mandou reforçar a segurança nos arredores de museus e instituições culturais pelo país.

O roubo gerou indignação por toda a França e expôs políticos, autoridades do governo e ligadas ao museu. Os ministérios da Cultura e do Interior realizaram reuniões de emergência no início desta semana para discutir a situação.

O ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, classificou o caso como “deplorável” e disse que “falhamos”. Segundo ele, o roubo “prejudicou a imagem” do país. O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu encontrar os suspeitos e pediu nesta quarta que maiores medidas de segurança sejam implementadas “rapidamente” no Louvre.

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