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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Brasil enfrenta tarifa mais alta do que a China após acordo entre Trump e Xi Jinping

Presidente norte-americano afirmou que as taxas de importação sobre produtos chineses foram reduzidas de 57% para 47%. Já os itens brasileiros continuam enfrentando alíquotas de até 50% (com várias exceções), enquanto o governo Lula intensifica negociações para tentar reverter esse quadro.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) uma redução das tarifas de importação sobre produtos chineses, que passaram de 57% para 47%. A decisão foi tomada após uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping.

Com a medida, o gigante asiático — principal rival econômico dos EUA — passou a pagar taxas mais baixas do que o Brasil. Os produtos brasileiros enfrentam hoje alíquotas de até 50% para entrar no mercado americano, embora existam várias exceções.

Além do Brasil, a Índia também enfrenta tarifas de até 50% impostas por Donald Trump. No caso indiano, a medida foi uma resposta à manutenção das compras de petróleo russo pelo país, contrariando as sanções dos EUA em meio à guerra na Ucrânia.

Já o Brasil foi penalizado após Trump acusar o país de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

No último domingo (26), Trump e o presidente Lula (PT) se encontraram na Malásia para discutir as relações comerciais. A reunião, que durou cerca de 45 minutos, aumentou as expectativas sobre uma possível redução das tarifas impostas pelos EUA.

“O que importa em uma negociação é olhar para o futuro. A gente não quer confusão, quer resultado”, afirmou Lula.

Trump, por sua vez, disse que, apesar de o encontro ter sido “muito bom”, isso não garante um acordo imediato. “Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo estão pagando cerca de 50% de tarifa.”

Na reunião, os líderes decidiram iniciar um processo de negociação bilateral. Já na segunda-feira (27), representantes comerciais dos dois países realizaram a primeira reunião.

Participaram das conversas o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, e o embaixador Audo Faleiro. O grupo definiu um calendário de reuniões focado nos setores mais afetados pelas tarifas.

Segundo o ministro do Desenvolvimento e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ainda não há data marcada para uma nova reunião.

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