A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), trabalhou intensamente nos últimos dias para deixar os cemitérios públicos municipais (Santo Antonio de Pádua e Bom Jesus) em condições adequadas para visitação neste fim de semana, por ocasião do Dia de Finados. Dezenas de servidores foram mobilizados para deixar os dois cemitérios em condições de receber as pessoas que vão homenagear seus entes neste final de semana.
Nos dois locais foram feitos serviços de limpeza, pintura, conservação, poda e a revitalização do mirante na entrada da capela. Os espaços para os vendedores ambulantes também foram delimitados e a movimentação nos cemitérios já é intensa desde a quinta-feira, devendo intensificar nesta sexta, no sábado e domingo, dia dedicado a reverenciar os mortos. Estima-se que ao menos 35 mil pessoas devam passar pelos dois cemitérios municipais nestes dias.
No domingo (2), os cemitérios abrirão às 6 horas da manhã e fecham às 17 horas. Neste dia serão dois eventos: Às 7 horas da manhã e às 9 horas da manhã serão celebradas missas, na capela central, revitalizada pela administração municipal.
Há previsão de chuva para domingo. Por este motivo, talvez, muitas pessoas acabaram antecipando a visitação. Nesta sexta-feira, muitas pessoas estão no local fazendo limpeza de túmulos dos entes queridos.
Para organizar o trânsito na região dos cemitérios, a Secretaria de Serviços Urbanos vai ter o apoio de equipes da Guarda Municipal de Dourados (GMD) e da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). A Rua Palmeiras vai ser fechada no trecho entre a Rua Armando Augusto Zanata até a Coronel Ponciano. É um trecho de mais ou menos uns 400 metros.
As entradas para visitação do cemitério serão os portões da Rua Coronel Ponciano, Rua Palmeiras e a Rua Armando Augusto Zanatta. A GMD vai manter quatro equipes em todos os portões na manhã e tarde de domingo. No sábado, a equipe operacional da Guarda fará rondas pelas imediações.
AMBULANTES
A movimentação de ambulantes nas áreas a eles destinadas nas imediações dos cemitérios já era intensa na manhã desta sexta-feira. A maioria comercializa arranjos e velas. Os vendedores de alimentos são previstos para o sábado e domingo.

Giovana Aparecida Santos Vargas, 43, trabalha como ambulante há 10 anos. Ela trabalha com arranjos artificiais e naturais. Também vende velas e fósforos e se diz satisfeita com o ganho. “Dá pra tirar um pouquinho, pagar o custo e ter um pequeno lucro”, revela. “Nos primeiros anos foi mais difícil, mas a gente vai aprendendo, ganhando experiência”, diz ela, que tem arranjos a preços que variam de R$ 5 a R$ 25. “Estamos aqui desde terça-feira. Por causa da chuva a gente está antecipando e o pessoal tem comparecido com antecedência também”, completa, revelando boa expectativa para o fim de semana.
Já a senhora Maria Isabel Soares, 78 anos, dos quais 30 trabalhando como vendedora ambulante, trabalha com vasos de plantas. “Eu faço os vasos novos e os que sobram de um ano para outro eu vendo mais barato”, conta ela, satisfeita com a movimentação e a expectativa de boas vendas no decorrer dos dias, até o feriado de domingo. “As pessoas não gostam muito de vir no dia, elas vêm antes. Hoje, de manhã até agora (perto de 10 horas) eu fiz 150. Tá bom, né?”, comemorou. Seus produtos custam entre R$ 10 e R$ 30.
VISITANTES
As pessoas que têm familiares sepultados nos dois cemitérios públicos também transitam em grande número, tanto no Santo Antonio de Pádua quanto no Bom Jesus. O gerente de manutenção Wellington Hirakawashi, 41 anos, juntamente com dois colegas de trabalho, foi homenagear o patrão José Pedro (92), falecido em junho. “Vamos prestar uma homenagem, na verdade. Pela simplicidade dele, a forma que ele tratava o funcionário. Por conta disso a gente vem prestar essa homenagem”, disse, emocionado.

Já a estudante de Odontologia Marina Telol Matos Nantes, 43, estava com familiares e amigas para, em mutirão, limpar o túmulo do pai, falecido há 15 anos. “A gente veio dar uma limpada, tirar um pouco da grama, da poeira, do barro, plantar flor”, falou. Ela depositou flores artificiais no túmulo e revelou que ainda vai voltar, com flores naturais, no domingo. “Nós sempre participamos da missa. A ideia é vir, mesmo com chuva. Só se estiver chovendo muito forte, aí a gente não vem”, ressaltou. “É um momento importante, reunir a família, matar a saudade um pouquinho e rezar também”, completou.






