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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Justiça concede prisão domiciliar a Roberto Razuk com uso de tornozeleira

Magistrada apontou quadro de saúde “extremamente debilitado”; ex-deputado usará tornozeleira e terá restrições enquanto é investigado.

A Justiça de Mato Grosso do Sul autorizou que o ex-deputado estadual Roberto Razuk, de 84 anos, cumpra prisão domiciliar, apenas um dia depois de ter sido detido na quarta fase da Operação Successione. A decisão, proferida pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, levou em conta o estado clínico do investigado, descrito como “extremamente debilitado”. O Ministério Público também havia se manifestado favoravelmente ao pedido.

Razuk foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na manhã de terça-feira (25), em Dourados. A ação integra uma investigação que mira uma organização criminosa envolvida na exploração de jogos ilegais, violação de sigilo e outros delitos ligados à disputa por áreas de atuação da jogatina em Mato Grosso do Sul.

Segundo a defesa, o ex-parlamentar passou recentemente por uma cirurgia para retirada de tumor, possui comorbidades graves, depende de oxigênio e teria risco elevado de morte caso permanecesse no sistema prisional. Diante da avaliação médica, a magistrada autorizou a prisão domiciliar mediante o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, incluindo a proibição de contato com os demais investigados.

A fase atual da Operação Successione

Deflagrada pelo MPMS, a nova etapa da Successione cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em diversas cidades sul-mato-grossenses — entre elas Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã — além de ações simultâneas no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

As fases anteriores já apontavam para a existência de um grupo estruturado voltado à exploração do jogo do bicho e crimes correlatos. Com o avanço das investigações, o MP identificou mais 20 integrantes e novos líderes que atuariam na expansão da organização em várias regiões do Estado.

A operação contou com apoio de unidades especializadas da Polícia Militar, como o Bope, Batalhão de Choque, Corregedoria e Força Tática, além de Gaecos de outros estados.

O nome “Successione” alude à disputa pela sucessão no comando do jogo do bicho em Campo Grande, após o enfraquecimento de facções atingidas pela Operação Omertà.

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