Uma força-tarefa nacional foi desencadeada nesta quinta-feira (27) para desarticular um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que, segundo a Polícia Civil de Pernambuco, movimentou cerca de R$ 500 milhões em apenas doze meses. A ofensiva corresponde à segunda etapa da Operação Efeito Helicóptero e envolve ações simultâneas em Mato Grosso do Sul e mais cinco estados.
No total, a Justiça autorizou 29 mandados de prisão e 25 buscas e apreensões, além de medidas de sequestro de bens e bloqueio de valores, determinados pela 5ª Vara Criminal da Comarca do Recife.
Em Mato Grosso do Sul, policiais atuam em Campo Grande, Corumbá, Eldorado e Novo Mundo. As ordens também são cumpridas em cidades de Pernambuco, Paraná, São Paulo, Rondônia e Minas Gerais, evidenciando a capilaridade da organização criminosa.
A operação mobiliza cerca de 100 agentes pernambucanos, com reforço de equipes de outros estados e do aparato técnico da Diretoria de Inteligência (Dintel), do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB/LD), do Core e da Seap-PE, junto ao apoio do Ministério da Justiça e da Senasp.
Primeira fase
Deflagrada em outubro de 2023, a etapa inicial da Efeito Helicóptero cumpriu 84 mandados e atingiu 66 investigados espalhados por 20 estados. A polícia identificou que a quadrilha movimentou aproximadamente R$ 500 milhões entre 2021 e 2022.
Na ocasião, foram apreendidos veículos, imóveis, contas bancárias e criptomoedas, além de revogados registros e portes de arma. A operação também resultou na apreensão de pedras preciosas e 3.596 munições de fuzil no Mato Grosso. Parte das ordens — 19 delas — foi direcionada a detentos já recolhidos no sistema prisional pernambucano.