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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Estado abre nova licitação para asfaltamento com dinheiro do BNDES

Desta vez, a previsão é de investimento de R$ 146 milhões para pavimentr 38 dos 110 km da MS-316, entre Chapadão do Sul e Inocência

Fundamental para a ativação da fábrica de celulose da Arauco, a pavimentação da MS-316, entre Chapadão do Sul e Inocência, começa a sair do papel a partir do dia 17 de julho, data definida pela Agesul para abertura das propostas da licitação para a pavimentação do lote três da rodovia, cujo valor máximo será de R$ 146.706.320,37. 

A previsão é de que 110 quilômetros da MS-316 sejam asfaltados e a empreiteira que vencer a licitação do lote três ficará responsável por 38 quilômetros. Conforme o Governo do Estado, a rodovia foi dividida em três lotes para dar mais celeridade aos trabalhos. 

O asfalto começará no entroncamento da MS-320, na área rural de Chapadão do Sul, e se estenderá até a área urbana de Inocência. Os outros dois lotes terão 32,7 e 39,5 quilômetros e ainda estão na fase de projeto. Segundo a Agesul, esses estudos devem se estender até o fim do ano e a abertura das licitações deve ocorrer só em 2026.

Ou seja, a fábrica de R$ 26 bilhões da Arauco, prevista para ser ativada no fim de 2027, deve entrar em operação antes da conclusão da rodovia.

Todo o trecho que será asfaltado tem forte atuação na produção pecuária e agrícola, com produção de soja, milho, cana-de-açúcar e, mais recentemente, na plantação de eucalipto. E é justamente por conta das florestas de eucaliptos, que vão abastecer a fábrica da Arauco, é que será feito 

No lote três será necessária a construção de quatro pontes e por conta disso o custo médio de asfaltamento será da ordem de R$ 3,8 milhões. E, levando em consideração que o restante terá custo parecido, serão necessários em torno de R$ 420 milhões para atender aos interesses da fábrica de celulose.

Estado abre nova licitação para asfaltamento com dinheiro do BNDES
MS-316 será dividida em três lotes e a licação de agora é do terceiro, destacado em vermelho. Foto: Divulgação

O dinheiro virá de um financiamento de R$ 2,3 bilhões que o Governo do Estado assinou em setembro do ano passado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 

Com os R$ 2,3 bilhões o Governo do Estado pretende melhorar 818 km de rodovias. Para isso, terá de entrar com uma contrapartida de R$ 300 milhões. A previsão é de que sejam 569 quilômetros de novas pavimentações e outros 249 quilômetros  em pistas que serão restauradas.

Pelo menos duas outras obras na mesma região que será bancadas pelo financiamento já estão com as licitações em andamento. No vinal de março foi lançada a licitação para pavimentar 63 quilômetros da MS-320, interligando a MS-377 e a BR-158, encurtando o caminho entre Inocência e a região de Três Lagoas. 

A previsão é de que sejam investidos até R$ 276.169.461,16, o que equivale a quase 4,4 milhões por quilômetro. As propostas serão abertas no dia 10 de julho e a empresa que oferecer o menor valor terá de elaborar ainda o projeto básico e executivo da obra que vai beneficiar principalmente as indústrias de celulose de Três Lagoas e a que está sendo instalada em Inocência. 

Também no final de março a Agesul divulgou a abertura de  licitação para asfaltar um trecho de 17 quilômetros da MS-344, nas proximidades de Selvíria. A previsão é gastar R$ 39,9 milhões neste trecho, o que equivale a R$ 2,34 milhões por quilômetro. A obra também será para melhorar a infraestrutura no chamado Vale da Celulose. 

SUL DE MS

Mas o dinheiro do DNBES também será destinado à pavimentação de rodovias no extremo sul do Estado. Um total de R$ 106,1 milhões está previsto para o asfaltamento de 32 quilômetros da MS-289, no município de Amambai.

Outras duas licitações estão em andamento para o asfaltamento de pouco mais de 36 quilômetros da MS-380, uma rodovia que liga Ponta Porã até perto de Caarapó.  A obra foi licitada em dois lotes, que juntos somam pouco mais de R$ 141 milhões, o que equivale a R$ 3,9 milhões por quilômetro asfaltado. 

Fonte: Neri Kaspari/Correio do Estado

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