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sábado, 26 de julho de 2025

Educação antimisoginia é urgência em Dourados, dizem especialistas

Debate reúne mestres e doutoras para discutir inclusão, gênero e raça nas escolas da rede municipal

Em um dos debates mais profundos da série Formação de Educadores contra a Misoginia, realizado pelo CMDM em parceria com a Semed, educadoras e pesquisadoras reforçaram a urgência de incluir o combate à misoginia, ao racismo e à exclusão de gênero como pauta permanente na rede municipal de ensino.

🎙 O conteúdo foi extraído da conversa no MauroPodcast, gravado em 24 de julho, com mediação da professora Loreni Giordani. Participaram da mesa a profa. dra. Adma Cristina, a psicóloga Hemilly Rayanne e a profa. msc. Débora Simões, que defenderam a educação como eixo estruturante para uma sociedade mais fraterna e igualitária.

“A escola é um território de reconstrução. É onde se aprende a respeitar o outro, a amar e a viver em sociedade. Se a gente não toca em gênero, raça e inclusão desde a infância, estamos perpetuando desigualdades”, pontuou Débora.

Com uma fala potente sobre empatia e pertencimento, a professora Adma destacou que Dourados ainda invisibiliza comunidades quilombolas e indígenas dentro dos próprios currículos escolares. “Não se trata apenas de incluir, mas de reconhecer com dignidade quem sempre esteve presente. É preciso sair da folclorização e trazer vivências reais para dentro da escola”, afirmou.

A psicóloga Hemilly Rayanne lembrou que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans há mais de 14 anos. “O acolhimento escolar é uma das poucas garantias para crianças trans não se tornarem mais uma estatística. A escola precisa ser lugar de pertencimento e de respeito à identidade.”

O episódio ainda denunciou a desproporcionalidade entre investimentos no sistema prisional e na educação infantil. “Gasta-se R$ 40 mil por ano com um presidiário e apenas R$ 12 mil com uma criança na escola. Isso é estrutural e precisa mudar”, criticou Adma.

No encerramento, a mediadora Loreni convocou os educadores a serem agentes de transformação: “Incluir é amar. E amar é aceitar o outro como ele é. A escola tem a missão de ser esse espaço de amor radical.”

🎙 Esta matéria foi produzida com base em entrevista exclusiva gravada nos estúdios do MauroPodcast. Transcrição via Adobe Podcast. Produção: @mauropodcast | WhatsApp: (67) 99951-7179.

Fonte: Assessoria

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