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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Operação prende comandante da PMA em Amambai e empresário do ramo de piscinas em Dourados

Ação da Polícia Federal cumpre 12 mandados, bloqueia R$ 263 milhões e mira esquema ligado ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quarta-feira (20), o comandante da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Amambai e um empresário do ramo de piscinas em Dourados durante a Operação Ajura, que investiga uma suposta organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e lavagem de capitais. A ação também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e determinou o bloqueio de bens e valores que somam R$ 263 milhões.

A operação teve como principais alvos as cidades de Dourados e Amambai, mas também realizou buscas em Ribeirão Preto e Jardinópolis, no interior de São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Criminal Estadual de Dourados.

Segundo a Polícia Federal, a operação decorre de grandes apreensões de cocaína realizadas em Dourados nos anos de 2022 e 2023 e tem como objetivo asfixiar o braço financeiro do crime organizado.

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) confirmou, em nota, que acompanhou toda a operação e que a Corregedoria da corporação esteve presente durante os cumprimentos dos mandados. A instituição informou que não compactua com condutas ilegais e classificou o caso como “conduta isolada”, destacando que medidas administrativas já foram tomadas para apurar a atuação do policial militar preso.

Apreensões que levaram à operação

A Operação Ajura foi deflagrada após uma série de apreensões de cocaína que expuseram o esquema. Em fevereiro de 2023, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu 446 quilos da droga escondidos em um compartimento oculto no tanque de um caminhão Volvo/FH12 carregado com óleo vegetal, no km 267 da BR-163, em Dourados.

Na época, o prejuízo estimado ao tráfico foi de mais de R$ 80 milhões. As investigações apontam que a organização criminosa atuava no fornecimento e distribuição de drogas em larga escala para outros estados do país.

A PF identificou que a droga entrava no Brasil pela fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã, e pela fronteira com a Bolívia, em Corumbá. Em seguida, os carregamentos seguiam para Campo Grande e, de lá, eram enviados para outros estados. O esquema utiliza a “Rota Caipira”, uma das principais rotas do tráfico no Brasil, controlada pelo PCC, que também domina o tráfico de armas na região.

*Com informações do jornal Midiamax

Fonte: Flávio Verão/Dourados Agora

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