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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Manifestantes ateiam fogo em restaurante e confrontam a polícia durante protestos na França

Os protestos ocorrem um dia depois nomeação de um novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu. Conforme a agência Reuters, quase 300 manifestantes já foram presos em todo o país.

Em dia de protestos na França, manifestantes obstruíram rodovias, queimaram barricadas, entraram em confronto com a polícia e até atearam fogo em restaurante nesta quarta-feira (10).

Os protestos ocorrem um dia depois nomeação de um novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu. Os manifestantes se opõem ao presidente Emmanuel Macron, à elite política e aos cortes de gastos planejados.

Convocado por meio das redes sociais, o movimento, batizado de “Vamos bloquear tudo”, já fechou estradas e ruas da capital Paris e de todo o país nesta manhã.

O governo disse ter mobilizado cerca de 80 mil policiais para conter o movimento, e estima que 175 mil manifestantes estão nas ruas pelo país nesta quarta. Já a estimativa da Confederação Geral do Trabalho, uma das maiores e mais antigas organizações sindicais da França, é de 250 mil.

Conforme a agência Reuters, quase 300 manifestantes foram presos em todo o país.

A França vive uma grande instabilidade política, causada, principalmente, por uma crise econômica: nenhum outro país da União Europeia (UE) está tão endividado em termos absolutos quanto a França.

Para se ter ideia, Sébastien Lecornu foi o quinto premiê anunciado por Macron desde o início do seu segundo mandato, que começou em 2022. Ele foi nomeado às pressas na terça-feira (9) após seu antecessor, François Bayrou, entregar o cargo ao ser reprovado em moção de desconfiança no Parlamento francês.

Em meio às manifestações, Lecornu toma posse oficialmente do cargo também nesta quarta. O novo premiê tem o desafio de aprovar, até o início de outubro, o Orçamento de governo que foi já rejeitado pelo Parlamento.

A nomeação de Lecornu por Macron gerou insatisfação principalmente dos partidos de centro-esquerda e esquerda, cuja coalizão venceu as últimas eleições, mas sem maioria necessária para formar governo.

Fonte: g1

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