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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Dourados: Trio que espancou e matou rapaz em campo de futebol pega 42 anos de cadeia

Vítima foi atacada com socos, chutes, pedras, tijolos, pedaços de concreto e até pedaços de madeira

Os três homens envolvidos no homicídio brutal de Flávio Maury de Souza, 44 anos, ocorrido em 11 de maio de 2024, no campo de futebol do Jardim Santa Maria, em Dourados, foram condenados pelo Tribunal do Júri após atuação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Somadas, as penas ultrapassam 42 anos de reclusão, todas a serem cumpridas em regime fechado.

O crime aconteceu durante a tarde, quando Flávio foi atacado com socos, chutes, pedras, tijolos, pedaços de concreto e até madeiras. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital da Vida, mas morreu horas depois, por volta das 20h.

Conforme denúncia do MPMS, o homicídio foi cometido por motivo torpe, com emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A motivação seria vingança por supostas ameaças e furtos atribuídos a Flávio na região onde morava um dos acusados.

Dourados: Trio que espancou e matou rapaz em campo de futebol pega 42 anos de cadeia
Autor da morte foi escoltado por policiais até a delegacia. (Foto: Leandro Holsbach) .

Na época, o grupo: N.G.S.F., 21 anos, P,H.V.S., 25 anos, e V.C.R., 18 anos, foi preso na noite do próprio dia 13, identificado por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil. Os três confessaram participação no ataque. V.C.R. contou que havia uma rixa com Flávio e que a briga terminou em morte. Eles relataram ter usado pedras, tijolos, madeiras e chutes para agredir a vítima. Todos foram autuados em flagrante e permaneceram presos.

No julgamento, um dos réus alegou legítima defesa. Os outros dois optaram pelo silêncio. No plenário, o promotor de Justiça Luiz Eduardo de Souza Sant’Anna Pinheiro defendeu a tese de homicídio qualificado e pediu o agravamento das penas, destacando a intensidade do dolo e a brutalidade das agressões. A defesa tentou afastar as qualificadoras e sustentou que os acusados não tinham intenção de matar.

Após mais de sete horas de sessão, por volta das 20h, o Conselho de Sentença acolheu por maioria a tese apresentada pelo MPMS e condenou os três. As penas aplicadas foram de 14 anos, 16 anos e 4 meses, e 12 anos de reclusão, respectivamente, todas em regime fechado.

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