Maracaju comemora nesta quarta-feira (11) 101 anos de emancipação. Com população estimada em 47.558 pessoas, o município é um polo agrícola importante para a economia sul-mato-grossense. A cidade, no planalto da Serra de Maracaju, recebeu esse nome por conta da posição geográfica.
A localização é um dos fatores que mais contribuem para o destaque do município. Com terras férteis e clima favorável, Maracaju ganhou visibilidade graças ao potencial produtivo no campo.
A história local começa ainda nos tempos das reduções jesuíticas, desfeitas no século XVI por bandeirantes. Após isso, a região ficou abandonada por décadas. No século XIX, com a Guerra do Paraguai, as terras voltaram a ser desocupadas. Só no início do século XX é que famílias mineiras retomaram a ocupação da área.
A formação urbana teve impulso em 1923, com a fundação de uma escola e da Sociedade Incentivadora da Instrução de Maracaju, criada por moradores. O distrito foi oficializado em 1924. Em 1928, a localidade foi elevada à categoria de município, separando-se de Nioaque.
Um dos marcos históricos foi a chegada dos imigrantes holandeses, a partir de 1972, o que fez de Maracaju o berço da imigração da Holanda no estado. Essa presença trouxe novas influências econômicas e culturais.
Mas é a culinária que faz o município ser lembrado em todo o estado. A Linguiça de Maracaju e a tradicional Festa da Linguiça são os grandes símbolos locais. A receita leva carnes selecionadas, temperos caseiros e um ingrediente especial: o suco de laranja-azeda, que dá o sabor característico.

O evento movimenta a economia e o turismo local. Parte da renda é destinada a entidades assistenciais, segundo o Governo do Estado.
Em 1997, a cidade entrou para o Guinness Book com a maior linguiça do mundo feita com uma única tripa bovina, com 31 metros de comprimento.
Fonte: Maria Gabriela Arcanjo/Campo Grande News