O Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) diz não encontrar, na rede de monitoramento da instituição, registro de abalo sísmico em Dourados.
Por volta de 17h de quarta-feira (25/6), populares de várias regiões da cidade relataram ter escutado um estrondo. Em alguns casos, paredes e janelas chegaram a tremer, causando estranheza das pessoas.
Ao Dourados News, o geólogo José Alexandre Nogueira, que atua na Universidade, afirmou que foram conferidos os registros do período indicado no Centro de Sismologia da Universidade, sem que nada fosse detectado.
“Verificamos nossos registros para o dia citado, porém não foi identificado nenhum evento sísmico na região de Dourados nesse período. Até o momento, não há registro de tremor ou abalo sísmico detectado por nossa rede de monitoramento”, disse, em resposta a e-mail encaminhado.
Na tarde de ontem, a reportagem também entrou em contato com a UnB (Universidade de Brasília), que monitora esse tipo de evento, e ainda aguarda retorno.
O coordenador da Defesa Civil, Johnes Santana, relatou ao Dourados News na quarta-feira ter contatado o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), onde não havia registros de tremor no município.
Inicialmente, o jornal ouviu relatos de moradores do Parque Alvorada, Jardim Caramuru, Centro e proximidades do Trevo da Bandeira, na região Sul da cidade, citando o fato.
Mais tarde, nas redes sociais do Dourados News, pessoas de diversos bairros do município afirmaram ter escutado o barulho, seguido de um leve tremor.
Ainda não há informações sobre o que ocasionou a situação, que segue sendo apurada.
Em Mato Grosso do Sul, existem três estações sismográficas instaladas, todas distante de Dourados. Segundo a RSBR (Rede Sismográfica Brasileira), elas ficam em Aquidauana – a mais próxima com aproximadamente 300km -, Sonora e Chapadão do Sul.
Aconteceu em 2016
Fato parecido com o de ontem aconteceu em Dourados há nove anos.
Em julho de 2016, um estrondo seguido por pequeno tremor chamou a atenção da população e teve como confirmado um pequeno abalo sísmico, muitas vezes despercebido das redes de monitoramento.
Em entrevista ao Dourados News naquele ano, o sismólogo e biofísico da UnB, Juraci Carvalho, afirmou que esses abalos de baixa magnitude são comuns no país e não apresentam grandes riscos.
Fonte: Adriano Moretto/Dourados News