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domingo, 13 de julho de 2025

Dólar sobe forte e bate R$ 5,62, após Trump anunciar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

Na quarta-feira (9), a moeda americana avançou 1,06%, cotada a R$ 5,5032. Já o Ibovespa recuou 1,31%, aos 137.481 pontos.

O dólar opera em alta de 0,69% por volta das 11h50 (horário de Brasília) desta quinta-feira (10), aos R$ 5,5409, com os investidores repercutindo o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aplicação de tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. Na máxima, a moeda americana chegou a R$ 5,6213.

Acompanhando a reação ruim dos mercados, o Ibovespa registra queda de 0,81%, aos 136.361 pontos.

Ao justificar a medida, Trump citou Jair Bolsonaro e criticou o julgamento dele no STF, chamando o caso de “vergonha internacional”.

Especialistas no Brasil e no mundo destacaram o teor político da carta. “Não seria a primeira vez que os EUA usam a política tarifária para fins políticos”, disse o economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel.

Em resposta, o presidente Lula prometeu reagir com base na Lei da Reciprocidade Econômica.

Com o anúncio, o Brasil se tornou o país com a taxa mais alta entre as novas tarifas divulgadas pelo presidente americano. Desde segunda-feira, Trump tem enviado cartas a diversos líderes globais estabelecendo taxas mínimas para a negociação comercial. Até agora, 22 nações já foram comunicadas.

A situação preocupa o mercado financeiro devido à avaliação de que as tarifas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a manter os juros do país altos por mais tempo.

Na agenda econômica brasileira, o destaque do dia é a divulgação do IPCA de junho, que confirmou um novo estouro da meta de inflação do país. Houve uma alta de 0,24% em junho, acumulando 5,35% em 12 meses, bem acima do limite de 4,50%.

Assim, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, precisa divulgar uma nova carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos do estouro.

Fonte: g1

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