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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Superbactérias resistentes a antibióticos podem superar mortes por câncer no mundo, alerta ONU

Avanço da resistência bacteriana está diretamente ligado ao uso inadequado de antibióticos ao longo das décadas, mas cientistas do MIT acreditam que a IA pode abrir uma nova “era de ouro” dos antibióticos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) faz um alerta: até 2050, infecções causadas por superbactérias podem provocar dez milhões de mortes por ano no mundo, superando o número de vítimas de câncer.

No Brasil, por exemplo, antibióticos chegaram a ser vendidos sem receita médica, o que contribuiu para acelerar a resistência. A preocupação é global: em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou 12 famílias de bactérias resistentes que representam ameaça prioritária à saúde pública.

Ao mesmo tempo em que o cenário é alarmante, a ciência busca soluções. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, vêm utilizando inteligência artificial para acelerar o desenvolvimento de novos antibióticos. Os algoritmos já projetaram mais de 36 milhões de moléculas e identificaram compostos com potencial antimicrobiano em tempo recorde.

Antes, a criação de uma nova substância podia levar até dois anos; agora, os resultados aparecem em dias e já avançam para testes em laboratório e em animais. O objetivo é encontrar alternativas para combater bactérias que desafiam os tratamentos atuais, como as que causam gonorreia e pneumonia.

Para especialistas, a inteligência artificial pode inaugurar uma “era de ouro” dos antibióticos, quase um século após a descoberta da penicilina. Em meio ao alerta da ONU, a tecnologia surge como uma das principais apostas para evitar que o mundo enfrente uma crise sanitária de proporções inéditas.

Fonte: g1

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