Uma mulher, a mãe e o filho adolescente morreram carbonizados durante um incêndio em uma casa na noite de domingo (9), na cidade de Rochedo, a cerca de 80 km de Campo Grande.
As vítimas foram identificadas como Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos, Irailde Vieira Flores de Oliveira, de 83, e o adolescente Bruno de Oliveira Gonçalves, de 14 anos. Eles moravam juntos no imóvel incendiado.
A Polícia Civil investiga o caso como morte a esclarecer, mas não descarta a possibilidade de crime doloso.
O ex-companheiro de Rosimeire, de 31 anos, foi preso como principal suspeito, prestou depoimento e apresentou álibi, mas segue na delegacia de Rochedo.
De acordo com informações da Polícia Militar, a equipe foi acionada após várias ligações ao número 190 relatando o incêndio em uma casa no bairro Parque dos Diamantes. Quando os policiais chegaram, moradores já tentavam conter as chamas com mangueiras de jardim.
Entre os vizinhos que ajudavam no socorro estava um brigadista, que contou ter entrado na residência e avistado um corpo carbonizado, aparentemente de uma criança.
Segundo relato de uma amiga de Rosimeire, momentos antes do incêndio a vítima enviou mensagens por WhatsApp pedindo ajuda e dizendo que havia alguém dentro da casa.
A testemunha informou ainda que Rosimeire relatou ameaças feitas por um ex-namorado inconformado com o fim do relacionamento.
Com base nessas informações, os policiais localizaram o homem e o conduziram à Delegacia de Polícia Civil de Rochedo, onde foi ouvido.
De acordo com o delegado Jarley Inácio de Souza, responsável pela investigação, o caso ainda está em fase inicial.
“Foi registrado como morte a esclarecer e morte por causa indeterminada. Até o momento, não descartamos nenhuma hipótese”, afirmou o delegado.
Equipes do Corpo de Bombeiros, Perícia Científica e da própria Polícia Civil estiveram no local. As causas do incêndio ainda serão apuradas, mas uma das linhas de investigação é de feminicídio seguido de duplo homicídio.
Os corpos carbonizados foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames necroscópicos. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil de Rochedo.